O Curso de Psicologia através dos projetos Anjos de Jalecos e Anjos Comunitários trabalhou de forma assídua na Semana da Luta Antimanicomial, conscientizando a população sobre a reforma psiquiátrica e os direitos dos portadores de transtorno mental serem tratados em seu território. Contamos com a parceria da Saúde Mental de Itaperuna na execução da Blitz da Loucura bem como do curso de Enfermagem na confecção dos folders. A iniciativa é direcionada para preservar a subjetividade do ser humano e da ampliação do cuidado em Saúde Mental.

Dia da Luta Antimanicomial
No dia 18 de Maio é comemorado a Luta Antimanicomial, que é luta que trabalha em prol da subjetividade e do respeito ao ser humano. Esta Luta, pleiteando a Reforma Psiquiátrica, como ficou conhecida no Brasil, é uma crítica a este modo de pensar e imposição, pois prevê um tratamento através da ótica dos Direitos Humanos, valorizando o indivíduo e sua vida ampliada no social e individual.
Para entendermos um pouco sobre os modelos de tratamento criados para conter e cuidar dos doentes mentais, devemos entender de onde vem o modelo tradicional de tratamento. O modelo tradicional prevê – isolamento como forma de tratar, assim como era feito na idade média com pessoas excluídas da sociedade, como por exemplo, leprosos e prostitutas, que ficavam nos chamados morredouros (instituições cujo o objetivo era esperar a morte).
Esta reforma psiquiátrica prevê um novo modelo de tratamento, até então inexistente e impensável pelos profissionais da saúde, pois a partir deste, é oferecida uma autonomia ao doente mental, que nunca foi dada antes, agora, o doente pode ser responsável por sua vida e por seus atos e não mais assumir o papel de dependente não apenas em sua doença, mas em sua vida sendo tratado em seu território, ou seja, em sua cidade, garantindo o acesso ao tratamento.
Há um movimento de substituir os antigos modelos para então haver a reconstrução de novas soluções e desafios em prol de transformar a história no sentido positivo. Este é o objetivo da reforma psiquiátrica, o emprenho dos envolvidos em formar e transformar um novo espaço de vivência.
A reforma psiquiátrica deve vir através de uma mudança no pensamento social, a fim de modificar a visão estereotipada da loucura e da crença como a internação compulsório sendo a melhor e única forma de tratar o sofrimento psíquico. Crença esta que está sendo divulgada por alguns atores da mídia, no entanto a pessoa em sofrimento psíquico não deve ser excluída e sim cuidada, para que consiga conhecer nossas próprias limitações em relação ao outro e a nos mesmos no movimento de lidar com os desafios da vida.
O sofrimento é inerente ao ser humano, mas o ser deve ser respeitado, por isso defendemos, cuidar sim, excluir não.

ANTES:

ROMPIMENTO DOS LAÇOS FAMILIARES
MORTE DA SUBJETIVIDADE
DESESPERO
iSOLAMENTO
EXCLUSÃO

Depois:

TRATAMENTO ADEQUADO
ACESSO
INDEPENDENCIA
PRESERVAÇÃO DOS LAÇOS FAMILIARES E COMUNITÁRIOS
VALORIZAÇÃO DA SUB JETIVIDADE, RESPEITO AO SER HUMANO