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Trabalho realizado pelos alunos de Psicologia

Trabalho realizado pelos alunos de Psicologia

A caixa de areia constitui um ramo da ludoterapia e consiste numa adaptação do Teste do Mundo (The World Test) de Margaret Lowenfeld. O referido teste foi inicialmente utilizado pela autora em 1928 no Institute of Child Psychology em Inglaterra, para estudar a comunicação não verbal das crianças. Mais tarde, em 1943, foi melhorado por Charlotte Buhler em Nova Iorque, e também por Harold Stone, em Los Angeles, para fins de diagnóstico. Dora Kalff, analista junguiana suiça desenvolveu-o ainda mais utilizando-o também para fins terapêuticos e introduzindo a nova técnica não só em Zurique mas um pouco por todo o mundo onde treinou inúmeros terapeutas. Hoje em dia, trata-se de uma técnica que experimenta uma crescente divulgação e que justifica um assinalável esforço de investigação com inúmeros artigos e livros publicados, sendo uma estratégia lúdica de acesso as cognições básicas do ser humano: o eu, o outro e o mundo. É um recurso importante na produção da criatividade. Alguns elemento podem estar contidos na caixa de areia como: Os objetos expostos devem ser de boa qualidade para motivar e estimular a criatividade dos indivíduos e o seu sentido estético. Devem também ser muito variados de modo a representar várias situações possíveis desde a realidade à ficção. Eis alguns exemplos: – Animais (pré-históricos, selvagens, domésticos, insectos, etc.); – Elementos da natureza (flora de terra e mar, conchas, pedras, paus, pinhas, árvores, flores, sementes, etc.); – Meios de transporte (carros, motas, bicicletas, combóios, aviões, barcos, estações de abastecimento, garagens, etc.); – Símbolos de guerra (soldados, armas, veí- culos militares, cowboys, índios, etc.); – Habitações (pontes, cavernas, grutas, casas, moínhos, igrejas, escolas, instituições e estabelecimentos); – Figuras humanas (de várias idades, ambos os sexos, diferentes profissões e raças e tudo o necessário para representar diferentes mentalidades e estatutos sociais); – Figuras da fantasia (fadas, bruxas, monstros, gigantes, anões, figuras dos contos de fadas, etc.); – Figuras de conteúdo sagrado (figuras mitológicas, cristos, budas, etc.); – Objectos vários (decorativos, ferramentas, sinais de trânsito, objectos geométricos berlindes, cubos e triângulos de construção, etc.). O procedimento é, nesta técnica, constituído por dois momentos: um primeiro, que consiste na construção de um cenário na areia de caráter subjetivo e um segundo, em que ocorre a elaboração de uma história, onde o terapeuta pede a seu paciente para montar uma história com os elementos utilizados por ele na construção da caixa de área. É um recurso terapêutico importante que pode ser utilizado principalmente no público infantil, permite a compreensão de mundo com recursos não verbais, recursos estes que são importantes na terapia infantil e dinâmica familiar. O 9º Período de Psicologia através da disciplina Psicoterapia infantil e Dinâmica Familiar realizou um trabalho de suma importância apresentando diferentes perfis de família e fazendo uma interlocução com um teórico a sua escolha. Pode-se observar que todos os teóricos da Psicologia puderam ser argumentados com esta técnica pois através das diferentes linhas compreende-se família de forma diferente mas não menos enfatizando o lugar dela na concepção de se tornar humano. A experiência em sala de aula trouxe a todos os envolvidos o envolvimento em um momento importante da fase de formação em psicologia, o momento em que a teoria se relaciona intimamente prática. Para a professora Mariana Ramos a técnica foi de grande valia pois trouxe diferentes formas de se conceber a família e reflexões de suma importância para a formação do Psicólogo. As caixas de areia estão em exposição na Universidade São José.